In(en)constância

Que vazio me invade
Meu inimigo, o tempo,
Prende-me no vale
Ausente de sentimento.
O trabalho vazio
Morador do espaço angustiante
Nascido de temperamento arredio
Das pessoas que não refletem ar de gente!
Inexistência de alma
Vazio insuportável
Contraditoriamente, preciso da minha calma
Com este espaço, indispensável!

À prisão sem muros me entrego,
E deixando de ser meu dono
Feri meu ego
Coragem, um dia terei, para o seu abandono?

Autoria: Fabiana Menassi

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